Nossa História começa aqui...
Desde os primórdios do Estado de
Minas Gerais, a coroa portuguesa buscou explorar os recursos e áreas naturais onde
conhecemos hoje como Zona da Mata, seja para descobrir novas rotas ou para
captar ouro, como conta, Rodrigues (2003) em seu estudo sobre essa região, somente quando houve a descoberta de
ouro por Antônio Rodrigues Arzão nos sertões do rio Casca (1692), teve início o
verdadeiro povoamento de Minas Gerais. Essa região hoje em dia faz parte da cidade de Araponga e
podemos encontrar resquícios dessa mineração em grutas e túneis que estão
situados na cidade.
Segundo Valverde (1958), a Serra do Brigadeiro, até o inicio do Século
XIX, permaneceu intocada pelos colonizadores, devido a fatores de ordem natural
e política que dificultaram a penetração. Os fatores de ordem natural são a
densa cobertura florestal e a presença de índios, já os de ordem política estão
relacionados aos interesses da colônia em manter a região em condições
desfavoráveis ao povoamento, a fim de evitar o desvio de ouro, tendo em vista
que uma parte da região pertenceu ao ciclo do ouro e a outra estava na divisa
entre o que hoje denominamos o Estado de Minas Gerais e o Estado do Espírito
Santo. .
Conhecida com o nome original de Serra dos Arrepiados, onde habitavam os índios Puris, que com
a penetração dos colonizadores conheceu o seu
desaparecimento. O primeiro emissário do
governo a inspecionar as divisas da Província de Minas Gerais, no início do Século XIX, o Brigadeiro Bacelar, acabou apagando a
única referencia da presença indígena na região. Extasiado com a beleza do
lugar, rebatizou o lugar, como Serra do Brigadeiro (RODRIGUES, 2003).
Sabendo disso podemos afirmar
que os primeiros a se aventurarem por essas terras foram os índios Puris, que
eram uma tribo nômade, faziam suas casas com os recursos naturais e eram ótimos
pescadores, como afirma Rodrigues (2003).
Já no início da década de 60,
professores do Departamento de Engenharia Florestal da Universidade Federal de
Viçosa (UFV), tinham como preocupação o desmatamento frequente ocorrido na
Serra do Brigadeiro, principalmente quando a Belgo-Mineira utilizou das matas
nativas para fazer carvão para alimentar suas siderúrgicas. Essa preocupação
resultou em um documento elaborado em 1980, por Elmar Alfenas Couto e James
Dietz, sugerindo a criação de um Parque Nacional na Serra do Brigadeiro. Essa
iniciativa contribuiu para que, em 1988, o governo do Estado de Minas Gerais
promulgasse uma lei autorizativa para a criação do Parque Estadual da Serra do
Brigadeiro. Essa lei propunha que os limites do Parque estivessem na cota de
1.000 metros de altitude, abrangendo uma área de 32.500 hectares e envolvendo
os municípios de Muriaé, Miraí, Miradouro, Araponga, Abre Campo, Sericita,
Fervedouro e Ervália (CTA-ZM, 2004).
Em 1996 foi criado o Parque Estadual
da Serra do Brigadeiro está localizado na região da Zona da Mata, a cerca de
290 km de Belo Horizonte. Foi aberto à visitação em março de 2005. Situado no
extremo norte da Serra da Mantiqueira ocupando terrenos nos municípios de
Araponga, Fervedouro, Miradouro, Ervália, Sericita, Pedra Bonita, Muriaé e
Divino. Vários Picos fazem parte da região: o do Soares (1.985 metros de
altitude), o Campestre (1.908 m), o do Grama (1.899 m) e o do Boné (1.870 m).
São 13.210 hectares de matas nativas e uma paisagem dominada por montanhas,
vales, chapadas, encostas e diversos cursos d’água que integram as bacias
hidrográficas dos rios Paraíba do Sul e Doce (IEF, 2002).3),
Referencias:
VALVERDE, O. Estudo Regional da Zona da Mata de Minas Gerais. Rev. Bras.
Geografia, v. 20, n.1, p. 3-83. 1958.
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